Para um Futuro com Esperança.
As células estaminais são as células mestras do corpo humano. Elas podem dividir-se para produzir cópias de si mesmo e muitos outros tipos de célula. Elas são encontradas em várias partes do corpo humano em cada fase do desenvolvimento do embrião a adulto. As células estaminais retiradas de embriões com poucos dias de idade, podem se transformar em qualquer um dos 300 tipos diferentes de células que compõem o corpo do adulto.
Porque é que as células estaminais são úteis? Como as células estaminais são tão versáteis, podem potencialmente ser usadas para reparar e substituir os tecidos humanos. Esta capacidade de transformação das células estaminais pode representar tratamento para muitas doenças que afetam milhões de pessoas no mundo.
Foi deste conhecimento que surgiu a ideia de recolher e preservar células estaminais do cordão umbilical onde se encontram em grande concentração.
Hoje em dia existem empresas especializadas na recolha e preservação de células estaminais de modo a poderem ser usadas mais tarde caso seja necessário.
Existem vários estudos a decorrer em todo o mundo de modo a encontrar novas utilizações e aumentar o número de doenças tratáveis pelo uso de células estaminais.
Criopreservação
O processo de criopreservação é relativamente simples. O 1º passo consiste em solicitar o kit de recolha a uma das empresas que disponibilizam o serviço em Portugal. O kit deve preferencialmente ser encomendado com dois meses de antecedência para o caso do bebé nascer mais cedo que o previsto.
No momento do parto a colheita de sangue deverá ser efectuado pelo profissional de saúde que estiver a assistir o parto, para isso deverá ter previamente entregue o kit e informado sobre a sua intenção de recolher sangue do cordão umbilical.
Após a recolha o kit deverá ser enviado à empresa conforme as instruções recebidas juntamente com o kit. O sangue será então analisado e se tudo estiver conforme será criopreservado, os pais serão informados do sucesso da operação.
A partir daqui o sangue ser preservado por 20 a 25 anos em caso de necessidade de fazer uso das células estaminais para uso terapêutico deverá informar o laboratório.
A criopreservação é um método de conservação de células estaminais que estão no sangue do cordão umbilical de um bebé. As células estaminais são guardadas a uma temperatura muito baixa, cerca de 196ºC abaixo de zero, de modo a que garanta a sua viabilidade durante muitos anos.
Criopreservação
Os preços praticados para a criopreservação variam de empresa para empresa mas por norma é dividido em duas vertentes.
Um valor não reembolsável que inclui o kit de recolha, o seu transporte para os pais, o transporte da amostra para o laboratório e todas as despesas administrativas. O preço praticado pela maioria das empresas para esta primeira fase é de cerca de 115€.
A segunda parte do processo que inclui o processamento das células estaminais e a sua preservação por 20 a 25 anos e o pagamento só será devido se o processo for bem sucedido (por norma é bem sucedido mas existem excepções). O preço desta fase varia um pouco entre as diversas empresas entre os 1200€ e os 1600€.
São já várias as utilizações possíveis para as células estaminais e muitas outras estão a ser investigadas neste momento, devendo o leque de terapias acessíveis ampliar-se rapidamente nos próximos anos, estando essa informação a ser constantemente actualizada nos sites das empresas especializadas em preservar células estaminais.
Para já as células estaminais estão a ser usadas para tratamento nas seguintes áreas
Transplantes para tumores malignos
Transplantes para disfunções hereditárias que afectam o sistema imunitário e outros órgãos
Transplantes para disfunções do metabolismo hereditárias
Disfunções leucodistróficas
Doenças do armazenamento lisossómico
Outras disfunções hereditárias
Transplantes para disfunções da proliferação celular
Transplantes para doenças do sistema nervoso central
Leucemia aguda
Leucemia crónica
Síndromas mielodisplásicos
Linfomas
Anomalias hereditárias dos glóbulos vermelhos
Anemias
Anomalias hereditárias das plaquetas
Disfunções mieloproliferativas
Imunodeficiências combinadas graves
Neutropenias
Disfunções de fagócitos
Cancros na medula óssea
Doenças autoimunes
Doenças do sistema nervoso central
Reparação de órgãos como os rins e o fígado
Terapia genética
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